Esse texto veio em um momento muito interessante. Tenho muita dificuldade de estabelecer conversas difíceis, ainda que me considere um comunicador calmo e pacífico. Talvez esse seja o problema. Vejo tutoriais de CNV e alguns me parecem uma esquete do Porta dos Fundos, mas entendo a importância de assimilar a ideia. Curioso com o texto do Miller. Um abraço
Ser um comunicador calmo, já te deixa mais habilitado nas conversas difíceis, Rodrigo rsrsrsrrs Faz toda a diferença.
Eu li há mais de quinze anos esse livro da CNV. E confesso que na época eu lia e debochava pq achava tudo muito fora da órbita. Mas agora, já voltei com ele pra cabeceira kkkkkkkk a vida dando voltas!
Acho que o problema da cnv é que não basta uma técnica de diálogo, você precisa curar as suas feridas antes pra conseguir se separar do outro/da situação, não levar para o pessoal, ser amoroso consigo. Lembro que quando li o livro só pensava que o Marshall deve ter tido pais amorosos. Rs
Faz sentido, Bruna. Uma das etapas fundamentais é reconhecer e validas as próprias necessidades, mas isso nem sempre é fácil, porque se mistura com juízes internos, orgulho, autocobrança, enfim, bastante coisa, rs
Acho que o problema da cnv é que não basta uma técnica de diálogo, você precisa curar as suas feridas antes pra conseguir se separar do outro/da situação, não levar para o pessoal, ser amoroso consigo. Lembro que quando li o livro só pensava que o Marshall deve ter tido pais amorosos. Rs
Bom dia, amiga! Olha, às vezes eu até me assusto com as coisas que sai da minha boca rsrsrsrsrts tô tentando fazer um exercício, aparar as arestas, tentar ser mais leve... Depois proseamos mais! 💖🌻
É elegante demais, né! Eu vim de uma criação que a gente fala alto, grita, e por muito tempo achei que isso fosse normal. Até perceber o quanto me desgastava. É um exercício diário.
Obrigada pela companhia! Também adoro ler seus textos! 💖
também sempre tive a postura de evitar conversas difíceis, achando que seria a melhor estratégia. mas um dia a gente se dá conta de que engoliu sapos demais e a indigestão é imensa. entender que ter uma conversa difícil não é a mesma coisa que ter uma comunicação violenta facilitou um tanto as coisas. outro aprendizado valioso foi desapegar quando não há solução possível. se não vamos conseguir resolver todos os problemas do mundo, é preciso escolher que batalhas lutar, tendo a exata noção de quais são os nossos limites (até para poder respeitar os limites dos outros, que não necessariamente são os mesmos dos nossos).
2) aquela entrevista de Grada é meu lugar de conforto também. (re)Assisto sempre que minha cabeça está pesada;
3) tenho pensado muito sobre esse combatismo como forma de vida, como forma não apenas de comunicar mas como forma de enxergar o mundo. Esta edição calhou direitinho com meu momento.
4) ontem, inclusive, fiz um poema sobre isso. Deve sair em janeiro. Vou publicar aberto ao público, espere que chegue até você em um bom momento.
Olha, eu sigo mais ou menos o que Lacan falou, eu geralmente me canso em discussões e evito, eu sei que a internet quer que a gente lute e brigue com todo mundo pelo "certo" mas para mim, o que funciona comigo é ter a minha paz
e se for só arregalar os olhos, sorrir, acenar e fingir que as vezes não ouviu, que assim seja
Verdade, Márcio. A internet sobrevive disso. E a paz, não tem preço. Mas tem assuntos, e digo até de situações mais privadas, que a gente precisa encarar 🫠
Li o seu texto e pensei: 'ela tá falando de mim?' haha. Nossa, como me identifiquei, Raisa. Também tenho dificuldade com conversas difíceis, e minha primeira opção com a frustração é combater. Mas o que é a vida senão lidar com tantos caminhos contrários, não é mesmo? Seguimos tentando melhorar, mas sem positividade irritante, por favor.
Angela, até me surpreendi com tantas pessoas se identificando com a mesma dificuldade 🫠. Me achava meio covarde, mas é normal, né rsrsrsrs Nosso instinto foge do difícil.
Nossa me identifiquei muito com seu texto. Por muito tempo fui combativa, aos poucos tenho me tornado mais assertiva, apesar disso em mulheres ainda ser visto como agressividade. Buscar o ínfimo que sustenta nossas felicidades, que consigamos essa leveza. 🤗🌷
Ah, se você se interessa pelo problema da incomunicabilidade humana, recomendo ler textos (ou assistir a peças- melhor) de Tchekoff. Veja:
"A característica principal da obra de Tchekhov, a meu ver, é que os diálogos são sobrepostos. Há perguntas e respostas, mas ninguém responde ninguém. No fundo, são monólogos eternos”. (...) “É um diálogo fundado linguisticamente na palavra, mas ninguém está se relacionando com ninguém. O que fala em Tchekhov são os silêncios e a encenação tenta trazer isso à tona: o silêncio, o não dito, o interdito. Parece que ele tem a capacidade de comunicar nossa dor, o desencontro desse precipício em que o humano vive, de achar que está sendo entendido, escutado, mas o que há é uma incompreensão geral”. (do website "O Tempo", em https://www.otempo.com.br/pampulha/o-peso-do-silencio-em-tchekhov-1.1585522)
Raissa, me identifico demais com essa sua cartinha. Sabe, quando eu era mais nova, eu dizia que cultivava ininigos por onde ia. Hoje percebo como fui moldada em um ambiente com muita dessa comunicação combativa, até na interpretação do que era amor e cuidado. Foi um processo longo desconstruir tudo... e percebo que quando estou cansada e/ou com medo, volto ao padrão. Mas essa decisão de vida, de não mais querer seguir alimentando essa visão/postura, foi fundamental pra mim... hj eu sei o caminho para preservar uma paz do lado de dentro, e não com o outro/mundo. Não é simples, mas acho sim possível, e vale o esforço 🌻
Pois é, Bruna, você foi no cerne. Parece ser um exercício que vai levar a vida inteira. A comunicação da minha família, a grosso modo, tbm é toda combativa. Já percebemos isso, e estamos numa luta para descontruir isso e reaprender a se comunicar.
Uma das minhas formas de comunicação combativa era o sarcasmo, o deboche. O que também funcionava como um mecanismo de defesa para não encarar o problema de frente. O humor sempre suaviza as coisas. Porém acabava piorando a convivência às vezes, pois todo mundo quer ser levado a sério.
Uma das causas de ter sido tão combativo era minha mania de sempre reagir rápido demais, quase imediatamente, ao que quer que fosse. O famoso explosivo de pavio curto. Com o tempo a gente vai cansando disso (porque é extenuante estar sempre pronto pra briga haha) e vai desacelerando, aprendendo que a paz é melhor se cozinhada em banho-maria do que se preparada em óleo fervendo.
Carlos, você sabe que eu tbm sempre tive esse impulso de reagir rápido, como se eu estivesse sempre pronta para uma batalha. Há pouquíssimo tempo que tenho praticado a arte de não precisar agir/falar instantâneamente e dar o meu tempo para refletir antes de abrir a boca.
Essa parte do texto: "Quero ter mais vontade de fazer coisas que me fazem sorrir" mas ao mesmo tempo se
sentir cansada por algum motivo que por vezes nem sabemos ao certo, me pegou agora. Estou passando por algo assim. Amo estar na minha companhia, fazer coisas que me fazem bem mas tem uma parte minha que quer estar mais presente com aqueles familiares e crianças que me fazem bem, que amo e me tiram grandes risadas, mas é como se desse um cansaço de ouvir essa parte de mim. Arrumo obstáculos para deixar de ir, procastino e quando vejo a hora do dia de domingo já passou. É tão estranho...
Esse texto veio em um momento muito interessante. Tenho muita dificuldade de estabelecer conversas difíceis, ainda que me considere um comunicador calmo e pacífico. Talvez esse seja o problema. Vejo tutoriais de CNV e alguns me parecem uma esquete do Porta dos Fundos, mas entendo a importância de assimilar a ideia. Curioso com o texto do Miller. Um abraço
Ser um comunicador calmo, já te deixa mais habilitado nas conversas difíceis, Rodrigo rsrsrsrrs Faz toda a diferença.
Eu li há mais de quinze anos esse livro da CNV. E confesso que na época eu lia e debochava pq achava tudo muito fora da órbita. Mas agora, já voltei com ele pra cabeceira kkkkkkkk a vida dando voltas!
Obrigada pela companhia, Rodrigo! 🌻
Eu confesso que tentei utilizar umas duas vezes e tomei um ferro. Não funcionou, rsrs mas acho que parte do processo é a insistência
Acho que o problema da cnv é que não basta uma técnica de diálogo, você precisa curar as suas feridas antes pra conseguir se separar do outro/da situação, não levar para o pessoal, ser amoroso consigo. Lembro que quando li o livro só pensava que o Marshall deve ter tido pais amorosos. Rs
Faz todo sentido, Bruna. Precisa primeiro fazer a faxina interior...
Faz sentido, Bruna. Uma das etapas fundamentais é reconhecer e validas as próprias necessidades, mas isso nem sempre é fácil, porque se mistura com juízes internos, orgulho, autocobrança, enfim, bastante coisa, rs
Acho que o problema da cnv é que não basta uma técnica de diálogo, você precisa curar as suas feridas antes pra conseguir se separar do outro/da situação, não levar para o pessoal, ser amoroso consigo. Lembro que quando li o livro só pensava que o Marshall deve ter tido pais amorosos. Rs
Rai, ando nesse movimento também de me escutar e as vezes me achar combativa e reclamona demais. Melhorei bastante, mas ainda posso mais. Hahahaha
Amei o texto e quero ler ele de novo depois para a gente voltar a conversar sobre.
Um beijo, minha amiga!
Bom dia, amiga! Olha, às vezes eu até me assusto com as coisas que sai da minha boca rsrsrsrsrts tô tentando fazer um exercício, aparar as arestas, tentar ser mais leve... Depois proseamos mais! 💖🌻
admiro muito quem consegue ter conversas difíceis sem perder a postura rs
mas ok, né, a gente aprende a se comunicar da melhor forma e sempre com quem vale a pena, até porque é justamente nisso que vamos tendo mais paz!
seus textos são sempre uma delícia de ler! e espero que esteja bem por aí ❤️
É elegante demais, né! Eu vim de uma criação que a gente fala alto, grita, e por muito tempo achei que isso fosse normal. Até perceber o quanto me desgastava. É um exercício diário.
Obrigada pela companhia! Também adoro ler seus textos! 💖
também sempre tive a postura de evitar conversas difíceis, achando que seria a melhor estratégia. mas um dia a gente se dá conta de que engoliu sapos demais e a indigestão é imensa. entender que ter uma conversa difícil não é a mesma coisa que ter uma comunicação violenta facilitou um tanto as coisas. outro aprendizado valioso foi desapegar quando não há solução possível. se não vamos conseguir resolver todos os problemas do mundo, é preciso escolher que batalhas lutar, tendo a exata noção de quais são os nossos limites (até para poder respeitar os limites dos outros, que não necessariamente são os mesmos dos nossos).
Exato, Pedro. Escolher as batalhas que valem a pena e pronto. De resto, que sobreviva a paz! 🕊️
Ah! Tantos assuntos que esqueci de agradecer a indicação de Alguma Poesia!
Obrigada!
Vários comentários:
1) amei a fotografia de Bethânia;
2) aquela entrevista de Grada é meu lugar de conforto também. (re)Assisto sempre que minha cabeça está pesada;
3) tenho pensado muito sobre esse combatismo como forma de vida, como forma não apenas de comunicar mas como forma de enxergar o mundo. Esta edição calhou direitinho com meu momento.
4) ontem, inclusive, fiz um poema sobre isso. Deve sair em janeiro. Vou publicar aberto ao público, espere que chegue até você em um bom momento.
Obrigada pela edição!
Obrigada por escrever, querida.
Vamos juntas viu?
Andreza, eu sou apaixonada nessa foto da Bethânia. Representa muito!!!
Essa entrevista da Grada eu vi há uns meses atrás e fiquei encantada! Inclusive quero ler o livro dela 🫠
Já vou ficar atenta no poema de janeiro! Ativando o sininho! 💖
Obrigada pela companhia!
Obrigado pela recomendação <3
Olha, eu sigo mais ou menos o que Lacan falou, eu geralmente me canso em discussões e evito, eu sei que a internet quer que a gente lute e brigue com todo mundo pelo "certo" mas para mim, o que funciona comigo é ter a minha paz
e se for só arregalar os olhos, sorrir, acenar e fingir que as vezes não ouviu, que assim seja
grande abraço
Verdade, Márcio. A internet sobrevive disso. E a paz, não tem preço. Mas tem assuntos, e digo até de situações mais privadas, que a gente precisa encarar 🫠
Li o seu texto e pensei: 'ela tá falando de mim?' haha. Nossa, como me identifiquei, Raisa. Também tenho dificuldade com conversas difíceis, e minha primeira opção com a frustração é combater. Mas o que é a vida senão lidar com tantos caminhos contrários, não é mesmo? Seguimos tentando melhorar, mas sem positividade irritante, por favor.
Angela, até me surpreendi com tantas pessoas se identificando com a mesma dificuldade 🫠. Me achava meio covarde, mas é normal, né rsrsrsrs Nosso instinto foge do difícil.
Teatro russo (imune às "sanções "...) o/
Nossa me identifiquei muito com seu texto. Por muito tempo fui combativa, aos poucos tenho me tornado mais assertiva, apesar disso em mulheres ainda ser visto como agressividade. Buscar o ínfimo que sustenta nossas felicidades, que consigamos essa leveza. 🤗🌷
Ah, se você se interessa pelo problema da incomunicabilidade humana, recomendo ler textos (ou assistir a peças- melhor) de Tchekoff. Veja:
"A característica principal da obra de Tchekhov, a meu ver, é que os diálogos são sobrepostos. Há perguntas e respostas, mas ninguém responde ninguém. No fundo, são monólogos eternos”. (...) “É um diálogo fundado linguisticamente na palavra, mas ninguém está se relacionando com ninguém. O que fala em Tchekhov são os silêncios e a encenação tenta trazer isso à tona: o silêncio, o não dito, o interdito. Parece que ele tem a capacidade de comunicar nossa dor, o desencontro desse precipício em que o humano vive, de achar que está sendo entendido, escutado, mas o que há é uma incompreensão geral”. (do website "O Tempo", em https://www.otempo.com.br/pampulha/o-peso-do-silencio-em-tchekhov-1.1585522)
Me interesso muito, Sérgio! Vou buscar esse Tchekhov, que na minha santa ignorância nunca tinha ouvido falar 🫣
Raissa, me identifico demais com essa sua cartinha. Sabe, quando eu era mais nova, eu dizia que cultivava ininigos por onde ia. Hoje percebo como fui moldada em um ambiente com muita dessa comunicação combativa, até na interpretação do que era amor e cuidado. Foi um processo longo desconstruir tudo... e percebo que quando estou cansada e/ou com medo, volto ao padrão. Mas essa decisão de vida, de não mais querer seguir alimentando essa visão/postura, foi fundamental pra mim... hj eu sei o caminho para preservar uma paz do lado de dentro, e não com o outro/mundo. Não é simples, mas acho sim possível, e vale o esforço 🌻
Pois é, Bruna, você foi no cerne. Parece ser um exercício que vai levar a vida inteira. A comunicação da minha família, a grosso modo, tbm é toda combativa. Já percebemos isso, e estamos numa luta para descontruir isso e reaprender a se comunicar.
Uma das minhas formas de comunicação combativa era o sarcasmo, o deboche. O que também funcionava como um mecanismo de defesa para não encarar o problema de frente. O humor sempre suaviza as coisas. Porém acabava piorando a convivência às vezes, pois todo mundo quer ser levado a sério.
Uma das causas de ter sido tão combativo era minha mania de sempre reagir rápido demais, quase imediatamente, ao que quer que fosse. O famoso explosivo de pavio curto. Com o tempo a gente vai cansando disso (porque é extenuante estar sempre pronto pra briga haha) e vai desacelerando, aprendendo que a paz é melhor se cozinhada em banho-maria do que se preparada em óleo fervendo.
Carlos, você sabe que eu tbm sempre tive esse impulso de reagir rápido, como se eu estivesse sempre pronta para uma batalha. Há pouquíssimo tempo que tenho praticado a arte de não precisar agir/falar instantâneamente e dar o meu tempo para refletir antes de abrir a boca.
É difícil...
Esse texto foi uma tiro certeiro em mim, ando tão ácida e isso é tão doloroso e exaustivo. Obrigada!
Essa parte do texto: "Quero ter mais vontade de fazer coisas que me fazem sorrir" mas ao mesmo tempo se
sentir cansada por algum motivo que por vezes nem sabemos ao certo, me pegou agora. Estou passando por algo assim. Amo estar na minha companhia, fazer coisas que me fazem bem mas tem uma parte minha que quer estar mais presente com aqueles familiares e crianças que me fazem bem, que amo e me tiram grandes risadas, mas é como se desse um cansaço de ouvir essa parte de mim. Arrumo obstáculos para deixar de ir, procastino e quando vejo a hora do dia de domingo já passou. É tão estranho...
Deixar a vida mais fácil também pode ser uma postura. Adorei isso 🥹