Estava refletindo sobre essa fluidez do ego, sobre essas personas que nos habitam, e no quanto o digital dita máscaras cada vez mais parecidas. Como encontrar o cerne quando nossa multiplicidade ferve? Amei seu texto. 🤗👏🏼🌷
Nossa, amiga, eu ando pensando muito nesse tema, especialmente agora, tendo que "performar" em outro idioma. Esses dias estava na casa de uns amigos, que são canadenses, e pensando em como a minha personalidade muda quando estou com eles. Sou mais retraída, menos espontânea, mais tímida, me sinto menos inteligente as vezes (lembro muito de um espiódio da série Modern Family, em que a personagem Glória expressa sua frustração em viver em inglês, ela fala que se as pessoas soubessem o quando ela é inteligente e engraçada em espanhol). Mas tenho entendido também que faz parte. No fundo é isso, a gente vai construindo nossos vários eus e vai os apresentando ao mundo, às pessoas, em diferentes situações.
Amiga, quando estava lendo a Louca da casa, a Rosa conta um causo quando conheceu e se apaixonou por um rapaz,mas não sabia se comunicar em inglês, logo, não conseguia "conquistar" o cara, já que são as suas palavras o que ela tinha de mais sedutor. Realmente faz todo sentido.
Eu gostei muito desse texto, porque penso bastante sobre quem sou no mundo. Sinto que vivo duas identidades paralelas às vezes. Quem sou comigo mesmo e com as pessoas. Adorei o momento do banho, porque faz muito sentido.
Na Psicologia, estudei bastante a teoria da personalidade do Moreno, que é o criador do Psicodrama, não sei se já ouviu falar. Ele fala que nossa identidade se constitui a partir de papéis que desempenhamos no mundo, desde crianças. Ou seja, somos um acumulado de papéis, e isso é normal. O importante, pra coisa ser saudável, é a gente ser capaz de alternar entre eles de forma adequada e espontânea, e reconhecê-los como algo que faz sentido pra nós.
Que ótimo texto. Tu me lembrou ainda uma frase de Susan Sontag que amo (a frase e Susan, deusa-maravilhosa, melhor ensaísta da história do planeta terra), algo como "nem tudo o que se quer é a verdade". Tá naquele livro "contra a interpretação". E obrigado pela citação!
Davi, conheci a Sontag na época do mestrado e só li o Sobre a fotografia. Descobri aqui no Substack a diversidade dos escritos/estudos dela. Mais um livro que você me indica que vai entrar na minha lista! ✨
Vi nas suas notas que agora tá podendo comentar nesse post! Rs
Uma associação talvez até óbvia, mas que fiz durante a leitura do texto foi que talvez aquela velha máxima de grandes ideias e insights surgirem na hora do banho ter talvez algum tipo de relação com essa "ausência de máscaras" debaixo do chuveiro...
Amiga, me questiono muito sobre isso. Acho que especialmente porque sou geminiana de fato (rs) e sempre me senti navegando versões de mim, que mudam e mutam de acordo com a situação e as pessoas ao meu redor. Antes detestava ser assim, me sentia uma mentira. Hoje, entendo que talvez minha verdade seja justamente essa, a de me adaptar aos diferentes contextos e me moldar a eles, mas sem nunca deixar de lado meus valores e as coisas que realmente importam. Busco equilíbrio e compaixão comigo mesma. Às vezes funciona, às vezes não, mas continuo a nadar :)
Estava refletindo sobre essa fluidez do ego, sobre essas personas que nos habitam, e no quanto o digital dita máscaras cada vez mais parecidas. Como encontrar o cerne quando nossa multiplicidade ferve? Amei seu texto. 🤗👏🏼🌷
São tantas 'personas' que a gente precisa pôr em ação e que habitam nosso interior! Obrigada pela leitura, Noemi! 💖
Com certeza! Gerir as personas sem se perder nessa “multidão”. Nada! 🤗❤️
Nossa, amiga, eu ando pensando muito nesse tema, especialmente agora, tendo que "performar" em outro idioma. Esses dias estava na casa de uns amigos, que são canadenses, e pensando em como a minha personalidade muda quando estou com eles. Sou mais retraída, menos espontânea, mais tímida, me sinto menos inteligente as vezes (lembro muito de um espiódio da série Modern Family, em que a personagem Glória expressa sua frustração em viver em inglês, ela fala que se as pessoas soubessem o quando ela é inteligente e engraçada em espanhol). Mas tenho entendido também que faz parte. No fundo é isso, a gente vai construindo nossos vários eus e vai os apresentando ao mundo, às pessoas, em diferentes situações.
Amiga, quando estava lendo a Louca da casa, a Rosa conta um causo quando conheceu e se apaixonou por um rapaz,mas não sabia se comunicar em inglês, logo, não conseguia "conquistar" o cara, já que são as suas palavras o que ela tinha de mais sedutor. Realmente faz todo sentido.
Eu gostei muito desse texto, porque penso bastante sobre quem sou no mundo. Sinto que vivo duas identidades paralelas às vezes. Quem sou comigo mesmo e com as pessoas. Adorei o momento do banho, porque faz muito sentido.
Eu também tenho a mesma percepção, não só duas pessoas, mas como uma multidão mesmo. E talvez seja mais comum do que parece. 🫠
Na Psicologia, estudei bastante a teoria da personalidade do Moreno, que é o criador do Psicodrama, não sei se já ouviu falar. Ele fala que nossa identidade se constitui a partir de papéis que desempenhamos no mundo, desde crianças. Ou seja, somos um acumulado de papéis, e isso é normal. O importante, pra coisa ser saudável, é a gente ser capaz de alternar entre eles de forma adequada e espontânea, e reconhecê-los como algo que faz sentido pra nós.
Que ótimo texto. Tu me lembrou ainda uma frase de Susan Sontag que amo (a frase e Susan, deusa-maravilhosa, melhor ensaísta da história do planeta terra), algo como "nem tudo o que se quer é a verdade". Tá naquele livro "contra a interpretação". E obrigado pela citação!
Davi, conheci a Sontag na época do mestrado e só li o Sobre a fotografia. Descobri aqui no Substack a diversidade dos escritos/estudos dela. Mais um livro que você me indica que vai entrar na minha lista! ✨
Tenho o Sobre a fotografia, mas ainda não li! E vamos de lista infinita hhahaha
Vi nas suas notas que agora tá podendo comentar nesse post! Rs
Uma associação talvez até óbvia, mas que fiz durante a leitura do texto foi que talvez aquela velha máxima de grandes ideias e insights surgirem na hora do banho ter talvez algum tipo de relação com essa "ausência de máscaras" debaixo do chuveiro...
Verdade, Rogério! Faz todo sentido mesmo. A hora do banho como uma especie de ligar singular que permite dar umas boas viajadas! 😅
«Yo soy yo y mi circunstancia, y si no la salvo a ella no me salvo yo.»
Amiga, me questiono muito sobre isso. Acho que especialmente porque sou geminiana de fato (rs) e sempre me senti navegando versões de mim, que mudam e mutam de acordo com a situação e as pessoas ao meu redor. Antes detestava ser assim, me sentia uma mentira. Hoje, entendo que talvez minha verdade seja justamente essa, a de me adaptar aos diferentes contextos e me moldar a eles, mas sem nunca deixar de lado meus valores e as coisas que realmente importam. Busco equilíbrio e compaixão comigo mesma. Às vezes funciona, às vezes não, mas continuo a nadar :)